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Secretaria de Estado de Saúde



Carnaval: SES-AM acende alerta para população sobre conscientização e prevenção das ISTs

14/02/2023 16:19:02

A busca pelas testagens rápidas também é um meio de prevenção 

Com a chegada do período de folia carnavalesca, é importante conscientizar a população sobre as Infeções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) nesta época. Pensando nisso, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) acende alerta aos foliões sobre os cuidados a serem tomados para prevenir vírus e bactérias que podem ser transmitidos por relações sexuais nesta época festiva. 


De acordo com a infectologista, que atua na Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado unidade veiculada a SES, Dessana Chehuan, neste período de carnaval as pessoas tendem a brincar mais nas folias e acabam se expondo demais, o que posteriormente, de acordo com o período de incubação de cada infecção, é notório um aumento das ISTS, e ela destaca ainda os meios de prevenção. 


“Hoje, quando falamos de prevenções das ISTs, a gente não fala de um componente só, mas sim de um pacote de cuidados que é a mandala de prevenção do Ministério da Saúde, onde além do incentivo ao uso do preservativo, existem outras técnicas que fazem parte dessa prevenção, como a testagem frequente regular além de outras tecnologias que temos disponíveis”, pontuou.  


Além da distribuição de preservativos, a rede estadual de saúde oferta os testes na Policlínica Antônio Aleixo, na zona leste; na Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), na Cachoeirinha, zona sul; no CTA do Centro de Atenção à Melhor Idade (Caimi) Ada Viana, na Compensa, zona oeste; e na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), zona centro-oeste. 


Na atenção básica, os testes são realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital e interior.

 

Casos de HIV AIDS no Amazonas 


De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela SES-AM em 2021, entre 2010 a 2020 foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), no estado do Amazonas, 9.879 casos de infecção pelo HIV, sendo 8.267 (83,7%) na Regional de Manaus, Entorno e Alto Rio Negro, 350 (3,6%) na Regional do Alto Solimões, 339 (3,4%) na Regional do Baixo Amazonas, 277 (2,8%) na Regional do Rio Negro e Solimões, 249 (2,5%) na Regional do Médio Amazonas, 158 (1,6%) na Regional do Rio Madeira, 155 (1,6%) na Regional do Triângulo, 50 (0,5%) na Regional do Juruá e 34 (0,3%) na Regional do Purus. No ano de 2020 foram registrados 1.061 casos de infecção pelo HIV, sendo 885 (83,4%) na Regional do Entorno de Manaus, 42 (3,9%) na Regional do Médio Amazonas, 35 (3,3%) na Regional do Baixo Amazonas, 34 (3,2%) na Regional do Alto Solimões, 24 (2,3%) na Regional do Rio Negro e Solimões, 19 (1,8%) na Regional do Triângulo, 12 (1,1%) na Regional do Madeira, 07 (0,7%) na Regional do Juruá e 03 (0,3%) na Regional do Purus.  


Dos casos de infecção pelo HIV registrados no período de 2010 a 2020, no Sinan, 7.444 (75,4%) são do sexo masculino e 2.435 (24,6%) são do sexo feminino, e em relação à idade, nos casos notificados de 2010 a 2020, observa-se que a maioria dos casos se encontra nas faixas etárias de 20 a 34 anos, com percentual dos casos de 60,1%.  


O Amazonas, de 2010 a 2020, registrou 14.248 casos de aids, 8.498 (59,6%) destes foram notificados no Sinan, 939 (6,6%) declarados no SIM e 4.811 registrados no Siscel /Siclom. Os casos declarados no Sim e registrados no Siscel/Siclon representam 40,4% do número de casos de aids no estado e de subnotificações no Sinan. 


No período de 2010 a 2019, o Amazonas apresentou taxa de detecção (por 100.000 habitantes) de casos de aids maior que a taxa nacional. Em 2019, os municípios com taxa de detecção de casos de aids maior que a nacional foram: Manaus 46,3, Japurá 36,3, Iranduba 35,2, Tefé 25,1, Manacapuru 19,5, Borba 19,4, Nova Olinda do Norte 18,7, Benjamin Constant 18,6 e Careiro 18,5. Em 2020, a taxa de detecção (por 100.000 habitantes) de casos de aids do Amazonas foi de 27,8. Os municípios de Manaus (46) e Itapiranga (32,5) tiveram taxa de detecção maior que a taxa do estado.  



FOTOS: Jaqueline Macedo/FVS-RCP