Novos medicamentos incorporados ao arsenal terapêutico do hospital passam por um processo de seleção, a fim de garantir a padronização de medicamentos seguros
Incorporação de novos medicamentos para o tratamento do câncer e o uso racional de fármacos pelos serviços hospitalares. Essas foram algumas das ações implementadas pela Comissão de Farmácia Terapêutica (CFT) da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), ao longo de 2022, voltados para a melhoria da assistência terapêutica aos pacientes.
Segundo o diretor-presidente da FCecon, Gerson Mourão, a CFT foi implantada em 2017 e, desde então, tem atuado para garantir o uso seguro e racional de medicamentos e demais produtos farmacêuticos. Ele explica que a Comissão tem atuado na avaliação da incorporação de novos medicamentos ao arsenal terapêutico do hospital, cujo objetivo é sempre melhorar a qualidade da assistência.
“A CFT é responsável pela condução do processo de seleção, utilização, acompanhamento e avaliação do uso dos medicamentos e produtos para a saúde; e pelo desenvolvimento de ações para garantir o seu uso seguro e racional”, pontua Mourão.
Novos medicamentos
De acordo com o gerente do serviço de Farmácia, Kácio Felipe Silva Souza, a CFT, por exemplo, no ano de 2022, emitiu Nota Técnica de orientação de uso dos medicamentos Trastuzumabe e Pertuzumabe, os quais são utilizados no tratamento do câncer de mama em pacientes com expressão do gene HER-2.
O Pertuzumabe associado ao Trastuzumabe, conforme Souza, passou a fazer parte do protocolo da Fundação Cecon em 2017, e o Ministério da Saúde (MS) disponibiliza o Pertuzumabe, desde 2021, aos pacientes com câncer de mama metastático em tratamento paliativo. Ele pontua que se trata de medicamentos preconizados em diretrizes diagnósticas e terapêuticas do MS para o tratamento do câncer, utilizados em todo o país.
“A CFT atua no processo de seleção de medicamentos que irão compor o arsenal terapêutico da FCecon, sendo o ponto de partida de fundamental importância no ciclo da assistência farmacêutica. A escolha dos medicamentos baseia-se a partir de critérios epidemiológicos, técnicos e econômicos, estabelecidos pela própria CFT”, acrescenta Souza.
Segundo Souza, diversos novos medicamentos foram incorporados ao tratamento do câncer na Fundação Cecon, ao longo do funcionamento da CFT, por exemplo: Ribociclibe – Mama; DaraTumumabe – hematologia; Brigatinibe – Pulmão; Cemiplimabe – Carcinoma Escamo-Celular, para pele; Oxicodona+Naloxona e Buprenorfina –, utilizados no Serviço de Terapia da Dor e Cuidados Paliativos – STDCP.
“Todos os novos medicamentos incorporados ao arsenal terapêutico do hospital passam por um processo de seleção, a fim de garantir a padronização de medicamentos seguros, eficazes e custo-efetivos. O objetivo é racionalizar seu uso, aperfeiçoando condutas terapêuticas e conduzindo o processo de aquisição, produção de políticas de assistência farmacêuticas”, explica Souza.
Tratamento oncológico
O tratamento oncológico, pontua Souza, pode contar com um único medicamento ou com a combinação de vários deles, com doses diferentes e variadas formas de administração. Ele alerta que para o processo ser seguro e com resultados efetivos para o paciente, a Comissão atua em conjunto com todo corpo assistencial – farmacêuticos, médicos especialistas, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos – e, assim, assegurar resultados clínicos satisfatórios, com risco potencial mínimo e ao menor custo possível.
FOTOS: Luís Mansueto/FCecon