Primeiro grupo do PNI a receber o imunizante é o de crianças com comorbidades e deficiências permanentes
Com o início da vacinação contra a Covid-19 de crianças de 5 a 11 anos no Amazonas, na segunda-feira (17/01), a pediatra Vanine Aguiar Lima Fragoso, da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), unidade da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), esclarece dúvidas com relação à imunização dessa nova faixa etária.
A médica ressaltou que, nos Estados Unidos e em países da Europa, a vacinação infantil ocorre desde 2021, e os estudos mostram redução importante nos casos de Covid-19 grave nas crianças vacinadas.
“Dificilmente essa criança vacinada vai ter um quadro grave ao se infectar pela Covid-19. No entanto, a necessidade de internação pode acontecer e, por isso, os pais e responsáveis devem ficar atentos ao estado de saúde da criança”, alertou.
De acordo com a pediatra, pais e responsáveis devem levar em consideração a opinião e a indicação dos órgãos e dos profissionais de saúde que têm competência técnica para falar sobre a segurança do imunizante e, até o momento, todas as informações científicas demonstram que a vacina é segura.
Volta às aulas – Aos pais que estão com receio do retorno das crianças às escolas sem que elas tenham sido vacinadas, a médica orienta a redobrar os cuidados e as medidas não farmacológicas de prevenção à Covid-19.
“A escola é uma necessidade para as crianças. Além de aprender, é um local onde elas relaxam, brincam e socializam. Enquanto a vacinação progride, devemos manter os mesmos cuidados de lavagem das mãos, uso de máscaras e adaptação das atividades escolares. Importante que a criança não seja enviada para escola se tiver qualquer sintoma gripal ou se alguém de casa estiver sintomático ou com exame positivo para Covid-19”, recomendou a médica.
Orientações – Na presença de sintomas leves, a família deve buscar orientação médica em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de casa, além de intensificar a hidratação da criança.
“Se a criança apresentar algum sinal de gravidade, como, ‘falta de ar’, vômitos seguidos, diarreia muito intensa ou febre que persiste por mais de quatro dias, é indicado uma avaliação médica e nesses casos indicamos procurar o pronto-socorro infantil”, destacou a médica.
A pediatra reforça ainda que a criança também deve ser mantida em isolamento em casa por, pelo menos, sete dias a partir do primeiro dia de sintomas.
Imunização – A vacinação contra Covid-19 para crianças está sendo realizada por escalonamento por grupos prioritários definidos pelo Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde (PNI/MS). O primeiro grupo é o de crianças com comorbidades e deficiências permanentes (PcDs).
O cronograma segue com indígenas e quilombolas; crianças que vivem em lar com pessoas com risco para evolução grave de Covid-19. Após esses públicos, a vacinação vai estar disponível para as crianças sem comorbidades na seguinte ordem: crianças entre 10 e 11 anos; entre 8 e 9 anos; 6 e 7 anos; e com 5 anos de idade.
Para este público, o imunizante que está sendo aplicado é o da Pfizer, específico para crianças, com rótulo de cor laranja. A composição destinada para o público infantil teve segurança e eficácia atestadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em todo o Amazonas, 566.227 crianças dessa faixa etária estão aptas a receber a vacina, conforme informe técnico do Ministério da Saúde.
FOTOS: Acervo pessoal de Vanine Fragoso e Lucas Silva/Secom
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